Todos os anos, durante a minha licenciatura, me perguntavam o porquê, de ter escolhido seguir enfermagem. Nunca fui boa a explicar sensações que até à data desconhecia, e acabava sempre por responder que "estava a seguir o meu instinto". Encontro-me a trabalhar há cerca de 5/6 meses como enfermeira e todos os dias de trabalho, tento encarar um um sorriso no rosto. Não é facil, e verdade. Mas para quem me conhece, sabe que um dia em que nao sair uma gargalhada, algo se passa. Aprendi a abraçar esta profissão e nela refletir quem sou para os outros.
Mas sou humana. Preocupo-me em dar o meu melhor, mas preocupo-me ainda mais em que reconhecam essa minha dedicação, algo que não vejo reconhecida por este governo a que dizemos que é NOSSO. Se fosse "NOSSSO", não fazia ouvidos de mercador, sempre que os profissionais, neste caso os de saude (enfermeiros), demosntramos a nossa frustração pela falta de reconhecimento.Se fosse "NOSSO", tentaria mostrar a enpatia que tantas vezes nos veio a ser incutida.
Senhor PM, gostaria de lhe fazer uma simples questão: "Alguma vez se tentou por no lugar de um enfermeiro?, se é que sabe o que realmente faz um enfermeiro?".
Será que se algum dia trabalhasse 24h estaria 100% das suas capacidades cognitivas?
Sei que sou uma mera rece-licenciada que ainda tem muito a aprender na vida. Mas se não me tentar colocar no lugar do outro, de tentar entender o porquê se certas atitudes e reações, não saberei realmente o que estou aqui a fazer.
Tente fazer esse jogo mental. É dificil não é?!
Texto escrito às 04h25 com 24h sem dormir